Depressão na adolescência
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LEIA MAISUma dúvida muito comum entre os pais é saber qual é o momento certo de levar os filhos ao psicólogo, em que momento a psicoterapia infantil com esse profissional é indicada e a quais sinais os pais devem ficar atentos.
A infância é costumeiramente associada a felicidade, brincadeira, expressão de criatividade e imaginação. Mas as crianças também passam por fases difíceis e que necessitam de maior atenção.
Diferente dos adultos, as crianças nem sempre conseguem expressar suas vivências verbalizando-as. Para as crianças, as emoções ainda são novidade e entender de onde vem tantos sentimentos e o que fazer com eles pode ser um desafio para as crianças.
Dessa forma, a psicoterapia infantil não deve ser vista apenas como uma medida terapêutica para uma situação específica, mas como uma oportunidade de prevenção de doenças mentais e promoção de saúde mental.
É um espaço de acolhimento e cuidado com a saúde mental infantil. A psicoterapia infantil é um caminho para auxiliar a criança a lidar com suas emoções, frustrações, medos, inseguranças, além de um espaço para o aconselhamento de pais diante das demandas infantis.
Diferente da psicoterapia com adultos, a psicoterapia infantil possui dinâmicas e técnicas específicas. A brincadeira é utilizada como um recurso de linguagem lúdica, onde a criança poderá expressar suas emoções, desenvolver habilidades de manejo e enfrentamento de situações que geram ansiedade, frustração, agressividade, medo, entre outros sentimentos.
Nesse contexto, o terapeuta tem o papel de facilitador do processo. Ele auxiliará a criança no enfrentamento e na busca de soluções que aliviem seu sofrimento. O profissional também auxiliará os pais, orientando-os como se comportar e agir diante das situações.
A primeira sessão de psicoterapia infantil é realizada com os pais ou responsáveis pela criança ou adolescente. Nesse primeiro momento, buscamos entender os motivos que levaram a família a buscar ajuda, a história de vida e a dinâmica familiar e social da criança. Dessa forma conseguimos entender a queixa com maior clareza e elaborar estratégias de acordo com a necessidade de cada caso.
As demais sessões acontecem apenas com a criança. Durante as sessões utilizamos recursos lúdicos, ou seja, brincadeiras como jogos, desenhos e dinâmicas, afinal, nem sempre as crianças possuem a clareza para expressar seus pensamentos e emoções.
Durante o processo terapêutico é importante que os pais estejam à disposição, pois encontros periódicos são importantíssimos para a evolução dos efeitos da psicoterapia. Durante esses encontros, as estratégias são reavaliadas e novas orientações são feitas. Sendo assim, o comparecimento dos pais nas sessões e a realização das orientações fora delas é de extrema importância para que o processo seja satisfatório.
A escola também exerce um papel importante no processo terapêutico. Em determinados casos é necessário realizar visitas a escola para entender o comportamento da criança naquele ambiente, afinal, é nesse ambiente que ela passa a maior parte do seu dia.
Dificuldades e transtornos psicológicos não ficam restritos ao mundo dos adultos. Diferente de como se pensava tempos atrás, a infância não é isenta de dificuldades e transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, por exemplo.
O acompanhamento por um psicólogo infantil é indicado quando a família e a criança entendem que apenas as suas estratégias não estão sendo suficientes para auxiliar a criança a passar por esse momento.
São vários os motivos que levam uma criança à terapia. Muitas vezes os pais percebem alterações no comportamento dos filhos. Outras vezes, o encaminhamento é feito por indicação de outros profissionais da saúde que acompanham a criança, como pediatras, neurologistas, terapeutas ocupacionais ou fonoaudiólogos. E, em algumas situações, a escola é a solicitante.
É importante que os pais estejam atentos aos comportamentos dos filhos. Alguns comportamentos ou alterações de comportamento não são indicativos de necessidade de ajuda, e sim comportamentos esperados para a faixa etária em que a criança se encontra.
Aqui estão alguns comportamentos que devemos ficar atentos e que indicam a necessidade de acompanhamento psicológico:
Quando a criança apresenta dificuldades para dormir sem a presença dos pais, medo de escuro e enurese noturna;
A criança tem dificuldade em controlar a raiva, apresentando comportamentos como gritos, quebras de objetos, agressividade contra terceiros ou comportamentos autolesivos;
Quando a criança apresenta a emoção em situações que não representam perigo ou atenção, gerando respostas fisiológicas como taquicardia, sudorese e tremores;
➡️ Saiba mais sobre o Transtorno de ansiedade generalizada
(Blog Camila Gerotti)
A criança apresenta dificuldade em lidar com o “não” e com frustrações geradas por situações em que suas solicitações não são prontamente atendidas, apresentando comportamentos agressivos e grosseiros;
Quando a criança não consegue se adaptar a mudanças como: separação dos pais, mudança de cidade ou escola, nascimento do irmão mais novo;
A criança possui medo excessivo e desproporcional diante de uma situação, animal ou objeto;
Quando a criança apresenta dificuldade para fazer amigos ou se relacionar com outras crianças;
A criança se distancia de amigos e atividades que antes eram prazerosas, apresentando tristeza e choro repentino;
Quando a criança passa pela perda de animais de estimação ou entes queridos.
Não! Procurar ajuda de um psicólogo para seu filho não deve ser visto como uma incapacidade em lidar com as demandas e dificuldades dele.
Muitas vezes os pais não buscam atendimento especializado por sentirem que falharam na criação de seus filhos, atribuem a culpa aos seus comportamentos ou acontecimentos que não tinham controle, sentem-se responsabilizados e com medo do julgamento que podem ter do profissional.
A busca por um psicólogo infantil demonstra o oposto disto. Demonstra o olhar atento e cuidadoso daqueles que conhecem seus filhos melhor do que ninguém, que entendem que não precisam passar por todas as dificuldades sozinhos e que pedir ajuda é um ato de coragem!
É importante conversar com a criança sobre os motivos que levaram a família a buscar ajuda profissional. Nesse momento, é importante não atribuir a culpa a criança, tornando-a um problema. É preciso destacar para ela que, assim como os adultos, as crianças também passam por dificuldades e têm problemas, mas que nem sempre os pais estão com todas as respostas e por isso decidiram procurar uma ajuda extra.
É importante também explicar para a criança o que é um psicólogo e como serão as sessões. Essas informações serão reforçadas pelo psicólogo na primeira sessão com a criança, mas é importante que os pais também expliquem, assim a criança ficará mais segura no primeiro atendimento.
Durante a psicoterapia infantil, o psicólogo e os recursos lúdicos são os facilitadores para que a criança compreenda seus pensamentos e emoções frente aos momentos em que se sente ansiosa, insegura, com medo, frustrada, entre outros.
Dessa forma, a psicoterapia auxilia no processo de desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais, oferecendo à criança possibilidades e alternativas para lidar com os acontecimentos e eventos de sua vida.
A criança não é a única que se beneficia desse processo. Toda a família e, muitas vezes, a escola sentem o reflexo do trabalho realizado na psicoterapia.
Cuidar da saúde mental na infância não é apenas trabalhar um comportamento apresentado naquele momento, mas sim promover um cuidado que terá reflexo ao longo da vida. Assim, cuidar da saúde mental de uma criança é promover vida emocional saudável de um adulto!
Se você precisa de ajuda, entre em contato comigo. Sou psicóloga clínica e uma das minhas especialidades é a psicoterapia infantil! Como você viu, está tudo bem em buscar ajuda:
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